THE NEXT BIG THING…

THE NEXT BIG THING…

A Microsoft e a Apple têm protagonizado uma rivalidade única ao longo das últimas décadas que tem definido, em grande medida, a evolução do computador desde os primórdios de Silicon Valley até aos dias de hoje.

A Microsoft e a Apple têm protagonizado uma rivalidade única ao longo das últimas décadas que tem definido, em grande medida, a evolução do computador desde os primórdios de Silicon Valley até aos dias de hoje. As histórias de ambas fundem-se e são indissociáveis uma da outra.

Resumidamente, tudo começa com uma luta intensa entre a Apple e a IBM na ressaca do lançamento de dois computadores: Apple II e IBM PC. Steve Jobs desejava incessantemente criar um novo computador pessoal e que fosse fácil de utilizar… Para isso, tinha duas enormes cartas na manga, duas ideias originais da Xerox que ele viu na Xerox Parc e que vieram a revelar-se fundamentais para o desenvolvimento do computador tal como o conhecemos hoje: o GUI (Interface gráfica do utilizador) e o dispositivo apontador (rato).

Esta era a estratégia para o Macintosh que tinha tudo para ser um sucesso… exceto o preço. Custava mais 1000 dólares do que um IBM PC e a queda nas vendas, aliada às graves divergências entre Jobs e John Sculley (o homem que ele próprio levou da Pepsi para a Apple), precipitaram a saída do fundador da Apple e deram origem a uma década negra para a Apple que quase terminou na falência.

Ao mesmo tempo, a Microsoft adotou o mesmo conceito e aplicou-o ao sistema operativo Windows. No entanto, soube montar a estratégia certa para o fazer e criou um novo objetivo para as duas décadas seguintes, que acabou por cumprir com grande sucesso: tornar o computador acessível a todos e colocar um computador pessoal em todas as casas.

Anos mais tarde, quando Steve Jobs voltou à Apple após esta adquirir a Next (empresa entretanto fundada por Jobs após o seu despedimento), fez alguns negócios com a Microsoft que permitiram salvar financeiramente a Apple e aplicou a sua fórmula de sucesso, que não estava na forma como uma empresa operava, mas no conteúdo que ela tinha para oferecer.

Ou seja, em vez de tentar contrariar a hegemonia da Microsoft no mercado dos computadores pessoais, dedicou-se a criar novos produtos e a inovar.

Foi assim que, inspirado pelo Walkman da Sony, nasceu o iPod e posteriormente o iTunes. Foi o ponto de partida para uma famosa frase dita por Jobs, anos mais tarde no lançamento de um novo produto: “um iPod, um navegador web, um telefone…” tudo isto, concentrado num único dispositivo que se tornou num dos produtos mais influentes da história moderna: o iPhone.

Em contrapartida, a Microsoft foi perdendo mercado para a Apple, perdeu a batalha dos smartphones com a aquisição da NOKIA e apenas manteve o seu crescimento no mercado empresarial e do entretenimento, particularmente na indústria dos videojogos com a Xbox.

Hoje, vemos esta evolução como algo previsível mas a verdade é que estamos num ponto de viragem em que muito pode acontecer e ninguém parece conseguir prever o que se segue…

A Apple parece ter estagnado e os últimos lançamentos têm deixado os fãs um tanto ou quanto sépticos perante a aparente falta de inovação, como foi disso exemplo o iPhone 7 e nova linha de macbooks, em que a única novidade foi uma touchbar, e para piorar as coisas, ainda sem a última geração de processadores da Intel.

Por outro lado, a Apple continua com dois sistemas operativos diferentes para computadores pessoais e dispositivos móveis enquanto a Microsoft centralizou todas as suas plataformas num único sistema operativo, com a particularidade de o mesmo Windows que encontramos nos PCs, correr também em processadores ARM dos dispositivos móveis com aparentes bons resultados a nível de performance.

Em termos de inovação, depois de uma longa travessia no deserto, a Microsoft volta também a marcar pontos com a incursão na Realidade Virtual com o Hololens, e o lançamento do Surface Studio conseguiu impressionar até os fãs da Apple.

As atenções centram-se agora no verão deste ano, altura em que se assinalam os 10 anos do lançamento do primeiro iPhone e que todos esperam ser “the next big thing”. Será?

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