TENDÊNCIAS DE MARKETING 2020

TENDÊNCIAS DE MARKETING 2020

Mas, afinal, o que realmente importa para o marketing das empresas e o que pode fazer, realmente, a diferença nas estratégias de marketing em 2020?

2020 está à porta! Sim, é verdade que 2019 já está a acabar e fica aquela sensação de que tanto ficou por fazer… concordam?

 

Até à data, muitos artigos com as tendências de marketing para o próximo ano foram publicados por diferentes sites, empresas do setor, consultoras e especialistas em estudos de mercado. Mas o que trazem de novidade e de inspirador para as estratégias de marketing em 2020? Na opinião da BOOMER, muito pouco ou nada. A realidade é que todos os profissionais de marketing (ou pelo menos, os que estão mais atentos às “tendências”) sabem que o futuro passará pela aposta na Realidade Virtual, na Realidade Aumentada, na Personalização, no Marketing de Conteúdo

 

São os chavões que nos habituámos a ouvir nos últimos anos, são os chavões que sustentam as estratégias de marketing e preenchem as páginas dos planos de marketing desde que a tecnologia impera e dita as realidades das empresas e a sua relação com os clientes. Será que todas estão preparadas para o futuro? Será que todas têm orçamentos para investir nestas “novas realidades” de consumo? Muito provavelmente não.

 

Vejamos a realidade portuguesa: 889 296 empresas registadas e só 875 são grandes empresas (Fonte), o que equivale a 1% do total do tecido empresarial português, metade da realidade europeia! E os restantes 99%, nos quais se enquadram as micro, pequenas e médias empresas, consideradas a “espinha dorsal” ou “pulmão” da economia, estão preparadas para “abraçar” estas tendências e trabalhá-las com afinco (e budget)? Muito provavelmente não.

 

Mas, afinal, o que realmente importa para o marketing das empresas e o que pode fazer, verdadeiramente, a diferença nas estratégias de marketing em 2020?

 

Enumeramos de seguida uma “mão cheia” de ideias que, na nossa opinião, poderão diferenciar as empresas num mercado cada vez mais competitivo e “impessoal”, governado pela “ditadura tecnológica”:

1. Humanizar as marcas

O relatório “Global Marketing Trends 2020” da Deloitte, identifica “propósito, experiência humana, fusão, confiança, participação, talento e agilidade” como as principais tendências para 2020, segundo mais de 80 especialistas entrevistados em todo o mundo. O que têm todas estas tendências em comum? A relação humana.
Num mundo digital, em que as marcas competem pelos primeiros lugares dos rankings de resultados do Google, por estratégias de SEO que as posicione melhor do que a concorrência, por longtail keywordslikes no facebook ou followers no instagram, a experiência humana das marcas é, efetivamente, aquilo que pode fazer a diferença. A tecnologia facilita a vida dos consumidores, mas afasta-os das marcas naquilo que é a experiência emocional com a mesma. Ora vejamos, quando compramos online é altamente conveniente – sem sair de casa, apenas com 3 cliques (de preferência!) escolhemos, concluímos a encomenda, pagamos e recebemos as nossas compras (em apenas 24 horas!), no aconchego do nosso lar. Pois… Mas esta será a “experiência real” com a marca? E a experiência humana, do contacto pessoal, do aconselhamento em loja, do “rosto” da marca, da cultura da empresa, da excelência no serviço ao cliente, entregue pelas mãos de um colaborador? Tudo isso se perde. E isto gera uma “dívida de experiência” entre marca e cliente. Será isto que, realmente, os clientes querem? Muito provavelmente não. A automação pode ser uma das “armas” para combater o gap entre a conveniência e a personalização.

2. Criar estratégias de Employer Branding

No artigo “Employer Branding” d’ O Raio do Blog apresentamos vários argumentos que demonstram porque as empresas devem apostar nesta estratégia para o sucesso para a marca, dentro e fora de portas, até porque sabemos que 88% dos millenals acreditam que é fundamental identificarem-se com a cultura da empresa.
A realidade é que as empresas que lideram com um propósito e constroem os seus ecossistemas nessa base, podem obter maior lealdade, consistência e relevância com os consumidores e colaboradores – o “rosto” das marcas.
Num estudo da Salesforce , 67% dos Clientes B2B mudaram para fornecedores que lhes ofereciam uma experiência mais humana e personalizada. O que as empresas B2B devem questionar-se agora é “como vou comunicar com estas pessoas?”, em vez de “como vou comunicar com outros negócios?”. Dica: nunca ignorar o design e a imagem da empresa! Apostar numa imagem sóbria, mas com uma presença forte, com um bom design online e offline, na comunicação interna e externa, trará resultados muito positivos para a marca. O branding desenvolvido para a SONAE S&F pela BOOMER é um bom exemplo de uma aposta clara da marca nas pessoas e como esta “tendência” é fulcral para o sucesso das empresas. Colaboradores felizes, clientes satisfeitos!

3. Contar histórias

Storytelling, a tendência que nunca “sai de moda”! Quem trabalha em marketing sabe como é importante envolver os clientes, criar uma relação emocional com a marca. Esta questão torna-se ainda mais crítica se o nosso target forem as Gerações Y (os apelidados “millenials”) ou Z (aqueles que nasceram depois de 1995). Se vão comunicar com os mais jovens, esqueçam tudo (ou quase tudo) o que aprenderam nas aulas de Marketing! Estas gerações querem conteúdo autêntico e pessoal que os envolva, por isso, anúncios tradicionais que se focam nos benefícios de um produto ou utilizam uma abordagem mainstream simplesmente não são suficientes. A aposta em anúncios que contam histórias pode oferecer uma narrativa fictícia que inclua o produto ou serviço ou usar a estrutura clássica de histórias para envolver o público e fazer com que se sinta parte de uma comunidade, tornando-se clientes (foi exatamente isto que a Coca-Cola fez quando “criou” o Pai Natal mais famoso do mundo, vestido de vermelho, que faz parte do imaginário popular de muitos países do mundo. Não podemos descurar a importância de trabalhar a narrativa em todos os meios e plataformas, aquilo que se designa de “Transmedia Storytelling”.

4. Investir no Marketing de Influência

Se 75% das pessoas confiam mais na opinião da família e amigos do que de especialistas, empresas, CEO’s, jornalistas, celebridades e personalidades, políticos ou qualquer outra pessoa (Fonte), como se justifica que se prevê que este mercado alcance um valor entre 5 e 10 mil milhões de dólares em 2020 (Fonte) e que a maior parte das empresas incluam os influencers nas suas estratégias de marketing?
A realidade é que nos últimos anos temos assistido a um “boom” de influencers que colaboram com diversas marcas, mas qual o retorno real deste investimento em negócio gerado para as marcas? Em 2017, por cada dólar gasto em influencer marketing gerou um ROI de 6,78 dólares. No caso das marcas de beleza, este número aumenta para 11 dólares (Fonte). Apesar de ser um tema controverso e, de alguma forma, já estar algo “descredibilizado”, a realidade é que gera retorno (e lucro). É, por isso, que as marcas precisam de trabalhar com mais afinco as suas campanhas de influencer marketing para garantir mais autenticidade e transparência, aquilo que os mais jovens apreciam nas marcas. Escolher o influencer certo é o ponto crítico desta estratégia, pois deve ser alguém que já consome os produtos da marca ou que tenha alguma relação com ela, caso contrário, a mensagem será “forçada” e não terá o impacto esperado.

5. Comunicar com o cliente

Hoje os clientes estão em todas as plataformas e comunicam com as marcas por diferentes meios digitais e de várias formas (Messenger, Email, Chat, etc.). E as marcas têm de estar preparadas e criar automatismos para dar resposta em tempo útil (não aquele estabelecido pela empresa, mas aquele que é considerado aceitável pelo cliente!)1. Os chatbots há muito que fazem este trabalho, mas será suficiente? Provavelmente não. Segundo Sundar Pichai, CEO do Google, 20% das pesquisas no Google são feitas por voz e a previsão, em 2020, é que este número aumente drasticamente com a crescente utilização dos dispositivos móveis para este fim. O que nos dita esta tendência? Que as marcas têm de otimizar os seus conteúdos para pesquisa de voz para se diferenciarem e, assim, serem mais competitivas.

Em suma, as tendências para 2020 não trazem muito de novo, o que importa reter é que, independentemente dos meios e canais utilizados, as marcas devem ser verdadeiras, autênticas e transparentes na sua atuação. Se a sua conduta no mercado se pautar por valores como “propósito, experiência humana, fusão, confiança, participação, talento e agilidade” (conforme referimos no início deste artigo) e a estratégia de conteúdos se basear na criatividade e originalidade, o sucesso é garantido.

 

Votos de um 2020 repleto de sucessos para todos os marketeers!

 

1 40% dos clientes que reclamam via redes sociais esperam uma resposta em 1 hora. (Fonte)

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