Marketing Emocional e o poder do storytelling
Aproxima-se o Natal e, com ele, uma série de anúncios alusivos a esta quadra, bastante emotivos e que nos arrancam alguns sorrisos e/ou lágrimas
Aproxima-se o Natal e, com ele, uma série de anúncios alusivos a esta quadra, bastante emotivos e que nos arrancam alguns sorrisos e/ou lágrimas. Na verdade, estes anúncios procuram apelar aos nossos sentimentos, envolvendo os consumidores mais pela conquista dos seus corações do que pela identificação de uma necessidade.
Eis o chamado Marketing Emocional no seu auge!
O Marketing Emocional é a vertente do Marketing que fala diretamente com os sentimentos dos consumidores, levando-os a tomar decisões que não tomariam apenas com base na razão. Quando procuramos um produto apenas com base na nossa necessidade, a escolha tende a ser mais racional, avaliando preços e condições, consultando a concorrência. Pelo contrário, quando a motivação é induzida pela emoção, a ponderação tende a diminuir.
Algumas marcas são já (re)conhecidas pelas suas campanhas altamente comoventes nesta época do ano – como é o caso da Coca Cola, da Bertrand Livreiros, da Vodafone, da NOS ou da MEO –, e a verdade é que as suas campanhas tendem a assentar em valores fortes e a causar um grande impacto no consumidor.
De facto, é sabido que sentimentos positivos contribuem para a consolidação de uma marca no mercado, mas não só. O Marketing Emocional traz vantagens como:
Ajuda a criar uma boa primeira impressão
As primeiras impressões são formadas em segundos. O Marketing Emocional contribui para que a marca se destaque das demais;
Gera maior confiança no consumidor
A aposta numa estratégia de Marketing Emocional leva a uma relação de proximidade e a sensação de que o relacionamento vai para além do negócio;
Pode levar a um novo ciclo de compras
O investimento para manter clientes é menor do que o investimento necessário para conquistar novos clientes. Estabelecer um ciclo de recompra é fundamental para mandar a sustentabilidade do negócio e o Marketing Emocional ajuda a impactar clientes e a manter a marca nas suas memórias, de forma positiva;
Aumenta o nível de satisfação
Apostar em conteúdos mais direcionados para o lado emocional e prestar atenção ao cliente faz com que se mantenha uma relação mais forte e dificilmente abalável;
Torna o perdão mais provável
Ao longo dos tempos, as empresas podem ver a sua imagem manchada por algum erro da própria organização e/ou de algum colaborador. Quando o cliente não tem vínculo com a empresa, tende a olhar para esses erros de forma mais exagerada, deixando mesmo de comprar;
Pode tornar a marca num ritual
Estabelecer uma estratégia de marketing emocional que associa um ritual a uma situação positiva pode levar a que o teu produto/serviço faça parte do dia-a-dia do teu cliente. Por exemplo: se associares a tua marca de café a um momento de relaxamento;
O ser humano é um ser emocional e, por isso, um consumidor impactado, envolvido pelo conteúdo educativo e/ou inspirador, também vai recomendar o teu negócio a um cliente ocasional com maior convicção. O Marketing Emocional reforça o vínculo marca-cliente, mas também gera conexão e, consequentemente, fideliza o cliente, que se torna, mesmo que de forma inconsciente, uma espécie de embaixador da tua marca.
Posto isto, e embora não exista uma fórmula que devas seguir taxativamente, deves ponderar se trabalhar a conexão emocional faz sentido para a tua marca. Se a resposta for ‘sim’, tem em conta os três pilares do Marketing Emocional – autenticidade, relevância e humanização:
Autenticidade
Nada é pior do que soar falso! A tua marca deve rever-se no conteúdo criado;
Relevância
Conhece o teu público-alvo, define os objetivos da campanha, procura impactar de uma maneira assertiva (quais os gatilhos certos para o teu público-alvo?). Afinal, não é possível chegar a todo o lado!
Humanização
Identifica uma emoção específica, aposta no storytelling e inclui elementos que pareçam reais para os teus clientes e as suas experiências.
Em suma, o Marketing Emocional requer conteúdo cativante, associado ao meio certo (vídeos, podcasts, anúncios, embalagem), que fale a mesma linguagem do público-alvo e que dê vontade de partilhar.
Um conteúdo que convide o público a fazer parte de um grupo, que o emocione, que seja out-the box, mas sem pisar a linha. Essa fronteira é ténue e requer os profissionais certos na hora de contar a história da tua marca. Fala connosco e vê como te podemos ajudar!
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