Phygital: Como Unir o Físico e o Digital Para Criar Experiências de Marca Memoráveis

Phygital: Como Unir o Físico e o Digital Para Criar Experiências de Marca Memoráveis

Hoje em dia, não basta estar presente online. As marcas que realmente se destacam são aquelas que conseguem criar experiências híbridas, onde o físico e o digital se cruzam de forma natural, criativa e estratégica. Esta tendência, conhecida como phygital, já não é só “giro” de fazer: é uma exigência para quem quer competir com os grandes.

Neste artigo d’O Raio do Blog, mostramos-te como dar os primeiros passos no universo phygital, com exemplos reais e dicas práticas para transformares a tua marca numa experiência que ninguém esquece.

 
O que é afinal uma experiência híbrida (phygital)?

O termo phygital vem da junção de physical + digital. Na prática, falamos de experiências que cruzam o mundo real com o digital, de forma integrada e fluida. Não se trata só de “estar nas redes” enquanto se tem uma loja física. É pensar em como esses dois mundos se alimentam um ao outro.

Exemplos simples do dia a dia:

  • Ir a uma loja e usar um QR code para ver reviews no Instagram.
  • Participar num evento físico que também é transmitido via live, com interação em tempo real.
  • Experimentar um produto com realidade aumentada antes de o comprar numa pop-up store.

 

Porque é que isto é importante?

Porque os consumidores mudaram. Querem interações mais personalizadas, experiências mais imersivas e a conveniência de navegar entre o online e o offline sem fricção.

 

Casos reais: Gucci Cosmos + Princess Cruise Lines

A Gucci é um excelente exemplo de como o phygital pode ser usado para criar experiências exclusivas e gerar buzz global. Em Londres, a marca lançou a exposição físicaGucci Cosmos”.

Em simultâneo, criou uma versão digital da mesma no metaverso The Sandbox.Quem não podia ir a Londres, podia visitar o espaço virtual, explorar salas, participar em desafios e até colecionar itens digitais da marca.

The Sandbox Gucci Cosmos

 

Nem só de moda vive o phygital. A Princess Cruise Lines, uma das maiores operadoras de cruzeiros do mundo, usou tecnologia da Renesas para transformar a experiência dos passageiros a bordo. Com sensores, conectividade sem fios e interações digitais, a marca criou um sistema que permite aos hóspedes aceder a serviços personalizados, fazer check-in sem contacto, localizar familiares no navio ou pedir refeições diretamente para onde estiverem. Uma experiência totalmente física, melhorada com tecnologia digital quase invisível, mas com grande impacto.

Princess Cruise Lines - Renesas' WiRa Technology

Como começar a criar experiências híbridas?

Sem entrar em frameworks técnicos, aqui vão dicas práticas para marcas que querem dar os primeiros passos:

  1. Começa com um objetivo: Queres vender mais? Aumentar notoriedade? Gerar leads? Tudo parte daqui. Sem objetivo, não há estratégia.
  2. Conhece o teu público: Percebe quem vai interagir presencialmente e quem estará online. Cria experiências pensadas para ambos  e não uma cópia uma da outra.
  3. Garante consistência na mensagem: A tua comunicação tem de ser alinhada entre os dois mundos: visual, linguagem e oferta. Se estás a fazer um evento físico, assegura que o digital o complementa (e não compete com ele).
  4. Escolhe tech com propósito: Não uses realidade aumentada só porque está na moda. Usa-a para resolver um problema real ou surpreender de forma útil.
  1. Facilita a vida às pessoas: Simplifica a interação. Exemplo: check-in com QR code, registo com um clique, passes digitais para eventos. 
  2. Protege os dados: Se vais recolher dados comportamentais, biométricos ou mesmo localização, cumpre o RGPD e sê transparente. 
  3. Mede tudo desde o início: Define indicadores simples: número de interações digitais, visitas físicas, cliques em QR codes, engagement nos lives… Só assim vais saber o que funciona e o que melhorar.

Começa pequeno. Testa uma ação híbrida numa campanha local, num evento ou até num lançamento de produto. Aprende, ajusta e escala. A transição para o phygital não tem de ser cara nem complexa, mas tem de ser intencional. O phygital veio para ficar. Marcas que combinam bem os dois mundos destacam-se, fidelizam e vendem mais. A tua já começou a transição?

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Margarida Fernandes

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