© 2023 | BOOMER
Que a língua de Camões não é das mais fáceis, já todos sabemos. Na BOOMER, aliás, as conversas sobre os tempos verbais, as expressões populares e as verdades ortográficas que tínhamos como adquiridas são uma constante.
Que a língua de Camões não é das mais fáceis, já todos sabemos. Na BOOMER, aliás, as conversas sobre os tempos verbais, as expressões populares e as verdades ortográficas que tínhamos como adquiridas são uma constante. Mas uma coisa é certa: é nestas dúvidas aparentemente disparatadas, lançadas “para o ar” durante um dia de trabalho, que estamos sempre a aprender. Não é, por isso, de estranhar que estejamos sempre de olho na gramática alheia, no copy alheio e nos erros que detetamos para não repetirmos!
Neste artigo, partilhamos contigo 10 desses erros que já debatemos entre nós.
“Hoje, tenho que sair a horas.” – ERRADO! Na verdade, “tens de”. No sentido de obrigação, de dever, o correto é “tenho de”. A expressão “ter de” pressupõe necessidade, desejo, obrigação ou precisão. Já o “ter que” é usado quando subentendemos palavras como “muito”, “pouco”, “nada”: “tenho muito que contar”.
Ambas as expressões são válidas, mas significam exatamente o oposto!
“Ir de encontro” ao muro é o que acontece a um condutor que se despista. Implica algo violento, físico. Por outro lado, “ir ao encontro” pode usar-se quando vamos “ao encontro do nosso amigo”, numa deslocação gradual e sem violência, ou quando “a minha opinião vai ao encontro da tua”, por estarmos de acordo. Quantas vezes já viste este erro?
Aqui, a diferença é simples de explicar: “quando muito” remete para “no máximo”, “se tanto”; já “quanto muito” não está correto na língua portuguesa. O que existe é a expressão “quanto mais” e talvez venha daí a confusão.
Exemplo: “Hoje não posso, quando muito envio-te isso amanhã de manhã.”
“Pôr” e “meter” são verbos com significados diferentes. “Pôr” é o mesmo que “colocar”, “dispor”, “depositar”. Assim, pomos a mesa porque lá depositamos, dispomos os nossos pratos e talheres.
Já o verbo “meter” significa “pôr dentro”, por isso, metemos os talheres na gaveta ou a carta no marco do correio.
O adjetivo “Imenso” não tem valor de quantidade, antes remete para “infinitude”. Não “estavam imensas pessoas no shopping”, estavam “inúmeras”.
Tentar explicar isto pode ser desafiante, mas vamos lá! Se o sinal de pontuação pertencer à citação transcrita, então primeiro vem o ponto final e só depois as aspas, não havendo necessidade de duplicar qualquer sinal de pontuação.
Mais uma vez, depende! Se as reticências forem usadas no meio de uma frase, a palavra seguinte deve vir em letra minúscula, visto que faz parte da mesma frase, da mesma ideia: “A Mafalda não gosta e sopa, mas… a mãe obriga-a a comer.”
Quanto as reticências são usadas no final de uma frase, a primeira palavra da frase seguinte deve estar em maiúscula: “A Mafalda não gosta de sopa, mas a mãe obriga-a a comer… O pediatra disse que era obrigatório numa alimentação saudável.”
Todas as abreviaturas devem ter um ponto. A abreviatura de “número” é “n.º”, e a abreviatura de “artigo” é “art.º”.
– Quem não tem cão, caça como gato
– Ter bicho no corpo inteiro
– São ócios do ofício
– Mal e parcamente
– Ovelha ronhosa
– Quem tem boca vaia Roma
– Anos de idade
– Consenso geral
– Elo de ligação
– Há 5 anos atrás
– Planear antecipadamente
– Na minha opinião pessoal
– Tenho um amigo meu..
– Parece-me a mim
– O plural de “qualquer” é “quaisquer”. “Qualqueres” não existe;
– Advérbios de modo terminados em “mente” não levam acento;
– Pessoas não são evacuadas. Locais, sim;
– As siglas nunca devem ser pluralizadas. Não se diz ONGs, CDs, DVDs, BDs, mas sim “as ONG”, “os CD”;
– Diz-se “salgalhada”;
– “Estadia” é um termo usado na marinha. O tempo de permanência num hotel chama-se “estada”;
– “Grama” (unidade de medida de massa) é um substantivo masculino. “Quero duzentos gramas de queijo, por favor”;
– TAC = tomografia axial computorizada. Portanto, “fiz uma TAC”;
– “Destrocar” significa “desfazer a troca”. De certeza que destrocaste dinheiro?
– “Estou num círculo vicioso”, não num “ciclo vicioso”. O ciclo acaba, já o círculo não tem fim.
Bem, foi uma overdose de informação, mas bem que podíamos dar continuidade a este artigo. Quem sabe?!
No fundo, o que queremos dizer é que, pese embora o facto de todos nós podermos errar, há erros e erros. E alguns podem sair bem caro aos clientes que os profissionais da Comunicação representam. Por isso, é extremamente importante contratar os profissionais certos. Fale connosco e descubra os nossos serviços de copywriting!