10 Tendências das Redes Sociais para 2026 (e como podes preparar a tua marca)
À medida que nos aproximamos de 2026, as redes sociais continuam a evoluir rapidamente, exigindo que marcas, agências e criadores de conteúdo estejam cada vez mais atentos às mudanças no comportamento dos utilizadores, às novas funcionalidades das plataformas e às exigências tecnológicas. Não é apenas nas redes sociais que vamos assistir a grandes alterações, o mesmo se verifica no design gráfico.
À semelhança do ano anterior, exploramos as tendências mais relevantes nas redes sociais para 2026, desde a transformação das plataformas em motores de busca até ao conteúdo gerado por IA e à criação de comunidades vibrantes.
1. As redes sociais como principal ponto de descoberta de marcas
As redes sociais já não são apenas locais para partilha de conteúdos: muitas plataformas estão a tornar-se verdadeiros motores de pesquisa e ambientes de compra.
Cada vez mais utilizadores descobrem marcas primeiro nas redes sociais, e só depois vão ao site, ou nem chegam a ir. Os perfis sociais deixam de ser “montras” e passam a ser o primeiro contacto real com a marca, biografias, destaques, comentários e mensagens tornam-se decisivos.
O TikTok, por exemplo, é cada vez utilizado para procurar “como fazer”, “onde comprar” e descobertas de produtos, funções que o aproximam de um motor de busca tradicional, com ligação à TikTok Shop e outras soluções de comércio integrado.
Isto significa que as marcas terão de otimizar o conteúdo não só para interações e engagement, mas também para responder a perguntas e intenções de pesquisa no contexto das redes sociais.
2. Conteúdo Gerado por Inteligência Artificial
A inteligência artificial não é mais apenas um apoio, está a tornar-se central na criação de conteúdo para redes sociais. Segundo estudos recentes, conteúdos gerados por IA vão passar a ser cada vez mais comuns, com ferramentas que ajudam a criar textos, imagens e até vídeos sem conhecimentos técnicos avançados.
As marcas que souberem integrar IA nos seus processos criativos, mantendo sempre supervisão humana, poderão produzir mais conteúdo, mais rapidamente, e com maior personalização.
3. Construir Comunidades Fortes será Mais Importante do que Alcançar Milhões
À medida que as redes sociais ficam mais saturadas, a visibilidade orgânica diminui e torna-se mais difícil destacar conteúdos entre tantos concorrentes. Estudos apontam que, em 2026, as marcas que construírem comunidades terão uma vantagem significativa sobre aquelas que se focam apenas em métricas de alcance.
Foca-te em grupos e nichos, pois perfis que interajam realmente com o conteúdo serão mais valiosos do que simplesmente “muitos likes“.
4. Autenticidade e Conteúdo Gerado por Utilizadores (UGC)
O conteúdo autêntico produzido pelos próprios utilizadores (UGC) é uma das tendências mais fortes para 2026. Os consumidores confiam mais em conteúdos reais de outros utilizadores do que em publicidade tradicional, e esta forma de conteúdo pode gerar maior engagement e confiança. Promove desafios, partilha testemunhos e incentiva quem já usa o teu produto ou serviço a criar conteúdo.
5. Personalização Extrema e Narrativas Relevantes
A personalização vai além de simplesmente segmentar anúncios. Em 2026, as marcas deverão moldar narrativas e experiências para segmentos muito específicos, ou mesmo individualizados, com base em dados de comportamento e preferências dos utilizadores. Imagina criar campanhas que se adaptam ao perfil de cada grupo de clientes ou utilizadores, com mensagens diferentes para cada segmento, isso aumenta a relevância e reduz o “ruído” nas redes sociais.
6. Social commerce mais discreto e integrado no conteúdo
Tendências apontadas para 2026 sugerem uma forte integração entre redes sociais e transações comerciais, especialmente através de chat e mensagens diretas. Ferramentas como WhatsApp e Instagram podem facilitar a compra e até devoluções diretamente nas conversas, sem necessidade de sair da plataforma.
Esta mudança pode transformar por completo o funil de vendas, deste a descoberta até à compra final, tornando as redes sociais não só um canal de comunicação mas também de conversão direta.
7. Crescimento contínuo do vídeo vertical, mas com mais intenção
O vídeo curto continua dominante, mas em 2026 o foco passa a ser o conteúdo.
Há uma mudança clara para vídeos mais claros, úteis e contextualizados, em vez de conteúdos rápidos sem substância.
O que muda?
- Vídeos mais explicativos, com menos “espetáculo”
- Mais contexto e intenção
- Vídeos pensados para serem vistos e revistos
8. Conteúdos menos polidos e mais próximos da realidade
Há um afastamento claro do excesso de produção. Conteúdos demasiado perfeitos começam a gerar desconfiança, sobretudo nas redes sociais.
Que conteúdos serão relevantes no próximo ano?
- Bastidores
- Processos reais
- Pessoas que são o rosto da marca
As marcas passam a comunicar mais como pessoas e menos como entidades abstratas. Isso reflete-se na linguagem, no timing das respostas e na forma como lidam com críticas ou dúvidas. Não significa informalidade forçada, mas sim clareza, proximidade e consistência.
9. Plataformas a favorecer conteúdos consistentes, não virais
Os algoritmos das redes sociais estão a dar cada vez mais importância à regularidade com que os conteúdos são publicados, à coerência temática ao longo do tempo e à capacidade de manter a atenção das pessoas. Em vez de privilegiarem picos ocasionais de viralidade, as plataformas tendem a favorecer perfis consistentes, que constroem presença de forma contínua e sustentada.
Em 2026, destacam-se as marcas que publicam com estratégia, mantêm uma linha editorial clara e pensam a sua presença nas redes sociais a médio prazo, em vez de dependerem de momentos isolados de visibilidade.
10. Redes sociais como canais de relação contínua, não de campanhas isoladas
As redes sociais estão a afirmar-se como canais de relação contínua e não apenas como espaços para campanhas pontuais. A lógica tradicional de “campanha” dá progressivamente lugar a uma presença consistente ao longo do tempo, em que as marcas deixam de aparecer apenas quando têm algo para vender.
Em 2026, os conteúdos editoriais, educativos e informativos passam a ter um papel central nas redes sociais, coexistindo com os conteúdos promocionais e ajudando a construir uma relação mais sólida e duradoura entre marcas e pessoas.
O próximo ano vai marcar uma forte alteração nas redes sociais. Já não se trata apenas de “likes” ou visibilidade orgânica: é sobre relevância, autenticidade, personalização, experiência e, acima de tudo, valor real ao utilizador. As marcas que incorporarem estas tendências nas suas estratégias não estarão apenas a acompanhar a evolução, estarão a liderá-la.
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Margarida Fernandes
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