Uma Marca é muito mais do que um Logótipo
No universo do branding e do marketing, é comum ouvir que uma marca começa por um bom logótipo. E até é verdade. Mas acreditar que a identidade de uma empresa se resume ao símbolo no canto dos e-mails ou à placa na montra é subestimar o verdadeiro poder de uma marca.
Uma marca é, muitas vezes, confundida com o símbolo que colocamos no canto dos e-mails ou na montra da loja. Na verdade, o logótipo é só a pontinha do iceberg. O que está por trás (por baixo?) – o que não se vê à primeira vista – é o que realmente constrói a relação emocional entre a marca e as pessoas – as suas e aquelas a quem queremos chegar.
Uma marca forte comunica um propósito claro. Tem uma razão de ser, um “porquê” que dá sentido ao que faz e que faz sentido a quem a escolhe. Conta uma história que liga o passado ao presente e projeta um futuro com significado. E, acima de tudo, carrega atributos que muitas vezes nem são definidos por quem cria a marca, mas sim pelo olhar do público que se identifica com ela.
Alguns exemplos:
A Apple, por exemplo. Não precisa de pôr uma maçã brilhante em tudo. O simples design minimalista das produtos e embalagens, o som que um Mac faz quando liga ou o toque dos materiais já nos dizem “Apple” muito antes de vermos o nome. O cuidado que colocam no toque e qualidade das embalagens é tão característico da marca que ainda não conheci um único consumidor de produtos da Apple capaz de deitar fora as caixas dos produtos.
A Coca-Cola é outro clássico.
Até se o rótulo fosse retirado, aquele tom de vermelho específico, a silhueta da garrafa ou o som inconfundível de uma lata a abrir já ativam memórias e sensações. E falamos de um produto com sabor igual em todo o lado – mas a experiência de marca é muito mais que o sabor.
A Tiffany & Co, embora não seja uma marca muito presente no mercado por português (por razões óbvias – mercado pequeno, ticket médio de produto muito alto), conseguiu ir ainda mais longe e ser, praticamente, proprietária de uma cor: o azul turquesa das embalagens é automaticamente associado à marca de joalheria. Um exemplo semelhante são as icónicas solas vermelhas da Louboutin que são mais reconhecíveis que o próprio logótipo da marca.
E quem é que não reconhece o som da Netflix? O “tudum” já virou quase um sinal para desligar o mundo e focar na maratona de séries. Nem precisam de mostrar o logótipo. O som já cria expectativa e pertence ao universo da marca.
O que todas estas marcas têm em comum é uma identidade pensada em várias dimensões. Elas são reconhecíveis pelos sons, pelas cores, pelas texturas, pelas experiências que proporcionam. Conseguiram tornar-se inconfundíveis!
Por isso, se a tua marca está a ser construída apenas à volta de um logótipo, estás a perder terreno. Criar uma marca forte exige estratégia e uma visão ampla de todos os pontos de contacto com o teu público, sejam digitais como as redes sociais, website ou e-mails, sejam físicos como lojas próprias ou outros pontos de venda, eventos, parceiros, etc.
Coerência é a palavra-chave para garantir reconhecimento!
Uma marca não vive num ficheiro .png nem numa assinatura de e-mail. Vive na cabeça e no coração das pessoas. E para lá chegar, precisas de uma história verdadeira, de um propósito claro e de experiências que fiquem na memória.
E, claro, da ajuda de quem percebe do assunto. Fala connosco!
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Vera Oliveira
Project Manager

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